domingo, 3 de outubro de 2010

Eleições

Não votei, pois não transferi meu título ainda para o Canadá. Não que eu fizesse grande questão, mas queria ter anulado meu voto, mesmo sendo daqui.
Sempre há muita discussão, muita controvérsia sobre o que é mais certo: votar, de qualquer jeito, mesmo acreditando que não vai fazer diferença nenhuma ou anular o voto.
Eu me sinto mais íntegro anulando. Não acho que faça nenhuma diferença e preciso poder dizer que não compactuei com a falta de vergonha de nenhum dos canditados.
Como muitos sabem, na minha opinião, no sistema político, em particular, o brasileiro, só exitem dois típos de políticos: os ingênuos, que cedo ou tarde se corrompem ou os desavergonhados, que são o resto. (é como nas religiões: os ignorantes e os malandros).
No brasil e como em muitos países aonde o nível de conhecimento da massa é muito baixo, a manobra com moeda de troca social, ou seja, bolsas-família e equivalentes, é brutal. Da mesma forma, o ufanismo que ainda permeia a sociedade brasileira, mesmo que apática e sem vontade de lutar de verdade por um país melhor (vontade de dançar não falta) ainda faz com que mesmo quem tem um nível cultural melhor ache que vai fazer alguma diferença ou volta-e-meia faça com que a gente se sinta culpado, de alguma maneira.

Minha experiência é de que nada significativo melhorou realmente nos últimos 33 anos (que é do que tenho alguma memória e posso opinar). Temos mais tecnologia, celulares, TV digital, computadores...mas para quem? Existe saúde decente? As pessoas estão absorvendo mais cultura, conhecimento? Cada vez temos menos pobreza nas ruas? A violência vem diminuido consideravelmente, assim como as favelas? Os escândalos de corrupção em todos os níveis da sociedade são cada vez mais raros? Os acidentes, a qualidade das estradas, a educação dos motoristas mostra que as leis de trânsito tem efeito, e ainda mais, efeitos educativos? A evasão das escolas vem diminuindo e a qualidade do ensino está cada vez mais alta? Nos sentimos cada vez mais seguros ao caminhar e dirigir à noite na cidade? Sentimos a cada dia que o imposto que pagamos se reflete nas ações do estado e nos faz cidadãos mais integrados e conscientes? Cada vez menos precisamos do jeitinho para conseguir as coisas?
Muita gente vai conseguir responder sim, para muitas dessas perguntas, pois somos brasileiros e nunca desistimos. Eu não consegui. Mas não desisti. Decidi fazer algo que acho que realmente vai fazer diferença e mudar para melhor o futuro da minha família.
Abraços.

Um comentário:

  1. Cara, se esse texto fosse de minha autoria, eu não mudaria uma vírgula!

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