Futuro

A vida de quem tem filhos, além das complicações naturais, de logística, alimentação, saúde e outros, envolve uma preocupação muitas vezes sutil, mas que, ao meu ver, traz implicações muito grandes para o futuro.
Cada dia, principalmente no início da vida deles, o que fazemos, dizemos e mostramos vai impactar para o resto dos dias deles. Quem se analisa, sabe que quase tudo que temos de bom e de ruim nas nossas vidas veio das decisões que nossos pais tomaram (ou quem quer que tenham tomado conta de nós). E cada ato, no dia-a-dia com eles sempre me traz esse pensamento: o que isso vai significar daqui a 15 anos? Como eles vão enxergar as coisas? Como eles vão receber os estímulos do mundo? Como coisas ruins ou coisas boas? Vão enfrentar os desafios ou fugir deles? Vão gostar de estar com as pessoas ou vão ser mais reclusos? Vão ser como eu?(Putz!).
É uma dúvida pertinente, mas ao mesmo tempo muito desgastante, já que os fatores são inúmeros. É impossível computar todas as variáveis e imaginar como eles vão ser daqui a 20 ou 30 anos. Se serão felizes ou não. O perigo é se tornar paralizante, não deixar que a gente aja. E não é fácil agir. As vezes parece mais fácil sair pela tangente, deixar "a vida te levar". Eu acho que podemos levar mais a vida. O que se sabe é que não dá para ser perfeito. Nem a gente, nem eles. Só é possível dar o melhor de nós e tentar ensiná-los a aprender por si também, já que não vamos conseguir estar lá o tempo inteiro.
Voltaremos.