quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Avatar

Assisti hoje o tão falado filme do diretor James Cameron. Depois do Titanic, eu achei que ele não se recuperaria. Mas, pelo contrário, gostei muito do filme. E as razões são várias:
1.Usa muita tecnologia mas, a meu ver, de uma maneira equilibrada, eu diria até sóbria, pois,sim, ficamos fascinados pela beleza de muitas das images, mas não ficamos lembrando o tempo todo da tecnologia, o que acontece com tantos outros filmes que acabam esquecendo da essência da coisa.
2.Tem uma história interessante. É análoga a tantos momentos da humanidade que fica difícil não associar, como a conquista das américas, Vietnam, Iraque e outros. É uma história que, para quem quiser realmente ver, vai ficar entalada na garganta. Em diversas cenas, imaginei os nativos da américa do sul recebendo portugueses, espanhois e outros povos europeus, com algum tipo de fascínio e sendo depois dizimados por eles, como selvagens que vivem em árvores (ou ocas). Quantas vezes julgamos e consideramos o que parecia ser mais fraco ou estranho ou bobo como algo menor, menos inteligente. Com toda a tecnologia que temos, continuamos acreditando nas mesmas coisas que esses povos só que com uma soberba e desrespeito que não é típica dos povos que respeitam a natureza (que é nosso único bem real, que me perdoem os que acham que existe outra vida além dessa, mas se forem destruir o mundo de quem quer viver nessa vida, que partam logo para a próxima e nos deixem em paz!).
3.A força do coletivo: sem nenhuma conotação de deidade consciente, o diretor apresenta um tipo de entidade que coordena seus entes através de 'sinapses', se comunica através de uma rede e, o que nos falta muito, tem um único objetivo: o equilíbrio da vida. Nós, humanos, definitivamente, esquecemos o que significa viver em equiíbrio. Todos querem mais: mais dinheiro, chegar mais rápido (nem sabemos bem aonde), mais carros, mais espaço, mais memória e processamento. Só queremos menos mesmo é responsabilidade. Ninguém quer perder nada em nome do todo. Dessa maneira, não vamos perder algo. Vamos perder tudo.
Em suma, o filme, apesar de ser um mega blockbuster de 2009, se quisermos, pode nos levar a belas reflexões sobre nosso papel de mamíferos, habitantes desse planetóide chamado terra; Do quão importante é que pensemos coletivamente e que possamos aprender, enquanto é tempo, a somar menos e dividir mais.

E toca o jegue.

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